quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

2012: O que aceito e o que dispenso


Já decidi!
Em 2012... Não quero parar de fumar, nem beber menos
Dispenso os discursos ridículos
E os regimes de início de ano
As promessas fajutas deixarei com os políticos
Pois não quero o cinismo de palavras vazias.
Já decidi!
Vou parar de fazer planos
Porque os anos passam
E nunca cumpro com minhas obrigações
Eu nunca supro minhas expectativas...
Já decidi!
Ano que vem vou aceitar todos os desafios...
E encarar mais um provável fim do mundo
Afinal, esse é o único mundo que tenho.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A raspa do tacho

Quem olha essa cama, entre lençois bagunçados e bichos de pelucia tem a certeza de que uma criança dorme ali...Poucos sabem que quem habita essa cama é uma garota que emanda uma certa idade, mas não perdeu a liberdade de também ser um pouco criança (...) 

Minha irmã é uma criança que trabalha
Uma mulher que se atrapalha
E às vezes faz manha
No trabalho, responsável e eficiente,
Uma garota que chegou à maioridade consciente
E na flor da idade descobriu o amor.
Não tem pudor, nem vaidades
Sua beleza na simplicidade de um sorriso
Seu Abraço tem  o poder de um abrigo.
Não sei dizer se sou a mais velha ou a caçula
Às vezes dou a bronca, às vezes levo duas
Mas minha irmã é como uma criança que nunca cresce
Uma face que não envelhece
Acho que no fundo ela é um reflexo de mim mesma.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Boas Lembranças

Você é o presente
Que eu insisto em dizer que é passado
Mas que ainda é tão recente
Quanto o orvalho da manhã
Que ainda não secou.
Em minha vida você ainda continua a ocupar
Um espaço precioso que eu te nego
Que reclamo que discuto,
Mas por fim eu te entrego
Afinal, sempre me rendo aos teus encantos,
Mas, no entanto...
Já não te quero mais por perto
A atrasar o meu presente
E me prender ao meu passado
Só te quero navegado
Em alguma lembrança minha
Como se fosse o próprio mar
A me trazer a maresia
É assim que eu te quero
Para sempre dia-a-dia,
Pois se não for hoje como saudade
Não será amanhã como alegria.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Amor em versos

Queria ter em minhas linhas
Palavras suas e suas rimas
Num só poema ser seu rascunho
Para te fazer minha obra prima.
 
Queria estar na sua alma
Para nossa valsa ser melodia
Numa estrofe um rodopio
Fizesse então, nossa poesia.

E num soneto nossos quartetos,
Seriam sonhos
Não mais estranhos, os nossos versos,
Sempre guardados, seriam eternos.

Eu e você um só destino
Mesmo encanto, no mesmo canto,
Mas se não formos um só poema
Serei apenas papel em branco.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Concerto a dois

Infelizes são os monólogos
Solitários
Diálogos fartos
De fáceis palavras
E de uma única voz sem resposta.

Se a solidão fosse uma bossa
Eu dançaria sozinha
Se a solidão fosse uma possa
Minha nossa...
Eu me afogaria.

Mas se meu desejo fosse um dueto
Faria um concerto a dois
Um soneto para nós
E depois o sereno nos embalaria ameno
Numa canção de ninar.

Sobre ti pousaria
Como melodia e som
E assim dançaria
Minha alma bailarina
Enquanto meu coração declamaria
E cantaria paixão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dose Poética nº 16




Nada está perdido
Enquanto eu estiver vivo,
Pois se a vida é passageira
E a morte é eterna
Viverei minha vida hoje
Antes que a morte tome o lugar dela.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mamãe quer que eu case...

Caras amigas, vocês que são modernas, independentes, trabalham, estudam, dirigem... Vocês que esperam em segredo o sonhado casamento, mas adiam ao máximo essa ocasião inevitável, vou lhes contar um segredo:

 "Dizem que o maior medo entre todas as mulheres da face da terra é não casar até os 30, mas vocês vão perceber, depois dos 25, haverá tantas pressões externas, internas e divinas para que você desencalhe, que você com certeza vai casar até os 30, e se não casar, haverá campanhas da família e dos amigos para que você case pelo menos até os 40 com um bom marido, depois disso vão lhe empurrar qualquer partido para que você não fique em desvantagem entre suas outras amigas, que provavelmente já estarão no segundo casamento.

Como eu sei disso? É simples, e você vai entender também, afinal depois de certa idade você começa a ouvir com muita freqüência frases do tipo:
_ Filha, já ta na hora de você namorar.

Se você namora, a frase é:
_ E aí quando é o noivado?

Se você já está noiva e já namora há uns 5 anos... Hum, você tá enrolada, a frase TOP 10 do seu dia será:
_ E aí? Num vai sair esse casamento não?

O mais interessante é perceber sua irmã querendo se livrar logo de você para ter o quarto só para ela, sua mãe te ensinando os afazeres domésticos, incentivando você a montar seu enxoval e seu pai torcendo para não ter uma filha solteira por muito tempo.
O fato é que o mundo mudou, mas a cultura ainda não se adaptou a essa nova realidade, nós mulheres ainda somos cobradas a respeito de maridos, filhos e em relação ao perfil “Dona de Casa” que devemos assumir, talvez eu um dia até aceite esse papel, mas por enquanto estou me esgueirando pelas beiradas inspirada por Julia Roberts em um de seus clássicos filmes... Noiva em fuga.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dose pOética nº 15

Eu quero o sono dos justos...
A pureza dos nobres
E a certeza daqueles
Que sabem o que querem, porque não temem arriscar.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

poesia em áudio e vídeo nº7

Paciência é um dom de poucos, 
Carência de muitos, desejo de todos...
Espero portanto,
Que me ofereça um pouco da sua
Paciência... Clemência... Eu espero
Eu erro às vezes
Às vezes conserto
Mas nunca consigo garantir a perfeição.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Desculpas

Confesso que errei
Confesso que tentei matar o nosso amor.
Confesso que sofri
Confesso que menti, quando falei que não te amava mais.

Entendo que você sofreu
Entendo que você quase morreu de saudade
E na verdade,
Eu também quase morri.
Mas só agora eu percebi
Que uma barreira de dúvidas e incertezas
Estava nos separando
Nos confundindo, nos machucando
Nos maltratando.

Só porque fomos egoístas demais
Para não admitir
Para não pedir simplesmente... Desculpas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Teoria dos desencontros


Quem eu amo não me ama
Quem me ama eu não quero
Eu espero quem não vem
E encontro por acaso
Que vem sempre me esperar
Os meus passos cegos ceguem os seus
Mas os seus correm aflitos
E fogem dos meus
Tropeço em pés que evito
Penso em calos sofridos
Que choram por causa de mim
E ainda não vejo o rosto
De alguém que espera meu abraço
Que por acaso te entrego de novo
Sem qualquer esperança de um sim.

Eu amo um amor sem resposta
Que gosta de me fazer duvidar
A resposta vem de quem não importa
De quem sempre que bate a porta
Não deixo nunca entrar.
Esqueço que um dia eu também
Bati em sua porta insistente
Implorei um abraço de pena
Esperei por um beijo de amor
Morri por você muitas vezes
Renasci sem qualquer ilusão
Pois quem eu amo não me ama e é certo
Quem me ama perto
Sofre longe do meu coração
Afinal o amor é juiz
Filosofo da condenação
A sentença são os desencontros
De corpos agora sem donos
De almas que amam em vão.

domingo, 6 de novembro de 2011

A glória de um espetáculo II

Frases que marcaram a adaptação do Grupo de Teatro Josepha no: Fantástico mistério de feiurinha...

Branca de Neve:
_ Pripripripri príncipe... Que príncipe?

Jerusa:
_ Segura na mão de Deus..seguraaaaa

Feiurinha
_ Aí bode, meu amigo bode...

Pai:
_ Hei Muié... nóis é tão pobre, mas agora agente uma filhinha para cuidar

Se você fez parte, mande sua colaboração, afinal recordar é viver...
e minha memória anda meio off

Grupo de Teatro Josepha: O fantástico Mistério de Feiurinha



A glória de um espetáculo

Esses versos foram feitos numa das melhores fases da minha vida. Fase que pude partilhar com amigos de fato, talvez tenha perdido o contato com a maioria deles, mas jamais perderei a adimiração por aqueles que realmente fizeram do FANTÁSTICO MISTÉRIO DE FEIURINHA um verdadeiro espetáculo!

***

Naquele momento de alegria
Em que os erros e os defeitos
Deram lugar a euforia
Onde os esquecimentos
E os tropeços nem foram notados
-O espetáculo dos espetáculos-
Onde o palco,
Não só um espaço
Foi o caminho de jovens estrelas

E por mais que o troféu tenha sido simbólico
Nossa vitória foi de ouro
Onde brilhou nosso entusiasmo
No sorriso, no abraço,
No aplauso da platéia
No reconhecimento de quem nos deu
Os merecimentos dessa peça
Finalmente vencedores...
Já não mais os amadores e inseguros do começo
Estamos hoje orgulhosos e exaltados
Nos perdoem adversários
Mas agora é nossa hora
- A glória de um espetáculo-
Em que espetacular foi nosso talento
E o sentimento de nós atores
Finalmente consagrados
Reconhecidos e aplaudidos... De fato.


Dose poética nº 14




Presente é o dia
Que vejo que vivo.
Temo perdê-lo
Como um dia qualquer
Temo esquecê-lo
Como os dias passados.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Últimas Forças

Os meus dias vão passando mais depressa
A vida é curta,
E mais ainda ela se apressa
Na minha angústia
Eu conto as horas e os minutos
Mas eles são tantos e quantos
Que eu até desisto
Os anos que passam me pesam
E até os segundos me cansam
O tempo inimigo castiga
Enquanto meus últimos dias se perdem
Na minha esperança
Sou tão fraco
Sou tão frágil
Me entrego toda noite ao meu leito
E no meu sono
Me torno vulnerável
Sou indefeso e indeciso
Desprovido de coragem
Dominado pela fraqueza
Sou com certeza... Mais um covarde.

domingo, 30 de outubro de 2011

Coisas de criança...

 "Tento ver as coisas
Com os olhos nus de uma criança
Aquela trança encanta o pai
Mas o encanto vai
Junto com a infância".

Enquanto somos expostos ao máximo da sexualidade, uma ansiedade contemporânea pelo sensual, erótico e quase pornográfico, há alguns momentos de beleza sem pecado e de amor sem segundas intenções, a foto ao lado registra um dos raros momentos em que um beijo é só um beijo, não antecede nada além do que parece.
Infelizmente quase tudo que se vende, quase tudo que se oferece ultimamente “prega” uma série de valores deturpados, corrompidos. Atualmente, há mais estímulos hétero e homossexuais, do que educativos em nosso dia-a-dia, e isso acompanhamos passivamente desde as novelas vespertinas até os comerciais de refrigerante #fato.

 
"Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita"...

( Gonzaguinha)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A voz da vida

Queria eu,
Viver mil vezes
Viver mil vidas bem vidas
Voar nos versos de uma valsa
Vagar nas velas de um veleiro.

Quem vê primeiro
Não vê defeitos
Eu vejo sonhos na ventania
Eu sinto inveja da alegria
Que vive livre num paraíso
Sem mais avisos nem nostalgias

As veias de meu corpo
São vertentes da virtude
A saúde vende a alma
Salva a minha, velha vida.

Volta o vulto que me leva
Para aonde não há volta
Enverniza minha pele
Envenena minha língua.

Viveria livremente
Se não fosse vulnerável
Mas sou a vítima que não fala
Sou a voz que sempre cala
A verdade numa cova.

domingo, 23 de outubro de 2011

A maldição do pijama

Essa semana descobri que quando você fica muitos dias em casa, afastado da civilização, desprendido do relógio e da rotina de trabalho, corre o risco de sofrer de um estágio patológico que chamo de: “A MALDIÇÃO DO PIJAMA”.
Isso acontece com algumas pessoas normalmente durante as férias, ou quando de uma hora para outra, ficam sem emprego (o que foi o meu caso).
Mas o que seria a maldição do Pijama?
Vou falar um pouco dos sintomas, afinal não há estudos mais aprofundados sobre o assunto, então vamos lá... A Maldição do Pijama normalmente começa de uma forma amena, quase que imperceptível...

1º Estágio (1º ao 4º dia):
Você percebe que não precisa mais colocar o relógio para despertar, afinal, não tem mais compromissos, logo a hora de levantar passa a ser mais tarde, o almoço e o jantar são dispensáveis, pois você pode comer qualquer a hora, e sim, dormir cedo vira uma lenda, provavelmente você ficará na TV ou na internet até altas horas sem nenhuma culpa ou preocupação...

2º Estágio (5º ao 10º dia):
Pequenas funções domésticas ou que você fazia todos os dias de forma quase que automática são deixadas de lado: coisas como lavar a louça, arrumar o quarto, recolher os sapatos que ficam pela casa, ler ou ir à academia são hábitos praticamente extintos de sua rotina normal...

3º Estágio (11º dia em diante):
Esse é o estágio o mais grave, praticamente incurável se não for diagnosticado a tempo,
Nesse período você não sabe se está dormindo de noite ou de dia, se você está tomando leite com bolachas na hora do almoço ou comendo macarrão na hora do café. Normalmente você não sai mais de casa, tem todo o tempo do mundo, mas não visita ninguém, não vai mais ao banco, não caminha mais na avenida.
Você desliga o celular e não atende a companhia, acorda de manhã de pijama, fica com ele o dia todo, toma banho por uma questão burocrática e volta a colocar o pijama novamente.
É um estado mórbido de inutilidade, você fica em casa como se ela fosse sua "Batcaverna", mas tome cuidado, esse pode ser um período de esterilidade criativa, emocional, social, e o pior, pode ser permanente.

Cheguei ao 3º estágio, mas já superei. Foram 13 dias, 14 horas e 10 minutos com a “MALDIÇÃO DO PIJAMA”.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um coração em ruínas



Quantas flores despetaladas
Murchas e machucadas
Deixei espalhadas no chão
Suas cartas rasguei
Como quem rasga a alma
Como quem perde as palavras de amor numa desilusão
Quantas fotos nossas
Fiz em pedaços
Para separar nosso abraço
E desunir nossas mãos
Quantos beijos intensos
Ainda tento esquecer
Para desprender dos meus lábios
Venenos seus que até hoje me fazem sofrer.
Tento despojar-me desse corpo
Que ainda é meu e um pouco
Um pouco parte do seu
Tento desfazer-me das lágrimas
Pois ainda que pertençam a mim
É sua a culpa de tê-las
Deixado de novo cair
E assim para evitar dor maior
Eu destruo toda lembrança sua
Eu jogo a saudade no lixo
E espalho suas desculpas na rua.
Machuco flores inocentes
Desejando te ferir como elas
Como as pétalas também maltrato os bilhetes
Onde você prometeu para sempre
Um amor que nem sempre me deu
Por isso não mais aceito
Eu rejeito seu arrependimento
E lhe nego minha compaixão
Você arruinou nosso amor
Por isso não merece perdão
Se quiser ter-me de volta
Não mais bata a minha porta
Recolha os pedaços feridos
Entristecidos do meu coração
Que como as cartas, flores e fotos,
Continuam perdidas sofrendo
Chorando espalhadas no chão.



domingo, 16 de outubro de 2011

Uma nova opinião

Até pouco tempo eu me orgulhava pela convicção e certeza que eu tinha sobre mim e sobre as coisas que me diziam respeito, valores e conceitos bem alicerçados sobre as certezas que eu tinha em relação a tudo na minha vida (família, trabalho, relacionamentos).
Hoje me sinto mudada, pois descobri que o importante não é ter certezas ou domínio sobre tudo, e sim, ter a capacidade de mudar de ideia ou opiniões com facilidade...  E isso não é ser volúvel, é ser versátil, a coisa mais inteligente que as pessoas podem fazer em suas vidas, é a admitir a mudança e se preparar para ela.
Afinal, não são os mais fortes que sobrevivem, e sim os que se adaptam melhor (Charles Darwin). E para nós essa não é apenas uma questão de sobrevivência é uma questão de satisfação e felicidade.
Hoje, me orgulho por ter me livrado de velhos "pré-conceitos", de ter assumido uma nova postura pessoal e profissional, de aceitar coisas, que até então eu julgava inadimíssiveis.  Me orgulho, pois passei a entender que o mundo não é regido pelo movimento de rotação do meu próprio umbigo.
Portanto, não se preocupe em concordar comigo, provavelmente já terei mudado de ideia (Autor desconhecido).

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dose poética nº 13


Uma oração para mim:

Que hoje seja o melhor dia da minha vida
Que o tempo seja generoso com a minha espera
Que as pessoas não estejam cruéis
Nem destruam o resto
Que sobrou dos meus sonhos

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Soneto da saudade

Você vai para onde a saudade é mais intensa
Pra onde meus olhos não mais te enxergam
Pra onde as mãos não mais te alcançam
Distância de onde a tristeza sempre regressa.

Você vai sem o remorso de um amor perdido
E eu fico com a certeza de um amor distante
A espera de um instante
Espero sua volta, espero seu carinho.

Desejo que o caminho
Longo e solitário
Te faça lembrar de mim.

Desejo que a saudade
Lhe traga numa bela tarde
E lhe faça me amar... Enfim

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dose poética nº 12


Espero um homem,
Que na essência seja de barro
E não do rancor amargo
Que pingou na terra
E manchou o mundo...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um pouco de mim...

Se esse post fosse uma imagem, o chamaria de auto-retrato
Como utilizo palavras, o batizarei como: "biografia resumida e autorizada de mim mesma"...


(...)
Não sou intelectual
Naturalmente livre
Evito formalidades
Escrevo por prazer, não por vaidade
Cuido do que amo
Amo o que possuo
Carrego em minha bolsa
Uma boa dose de gentileza
Levo como arma
Um sorriso certeiro
Ele é o que tenho
Para desarmar aqueles
Quem tentam me ferir...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Poema sem censura

É aqui que eu me encontro
É aqui que eu me esqueço
Embolada nas palavras
Nos fonemas, nos acentos,
Nas estrofes problemáticas
Nos poemas, nos sonetos.
Mas não quero a gramática
A barrar meus pensamentos
Eu não quero a sintática
A tomar meu pouco tempo,
Pois escrevo com desejo
De fazer de cada verso
Livre verso sem defeito
Livre rima sem censura
Escultura que contorno
Entre parágrafos sem razão
Eu evito os bons modos
Da ortografia e da conjugação
E ao contrário de outros poemas
Esse meu nunca se prende
Ao dilema de uma vírgula
Ao tropeço de uma sílaba
Nem ao limite de um ponto final

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Saudades da escola

Quando eu ia à escola
E voltava de ônibus
Todo dia era uma incógnita
Todo dia um mistério
Quando não me atrasava
Tropeçava na rua
Para nenhuma manhã copiar a outra
Às vezes esquecia um livro
Arranjava um motivo
Inventava uma história
Mas nenhuma delas era igual à outra
Em algumas ocasiões
Até ficava calada
Estranhamente parada
Não escrevia nada
Para nada ser igual à ontem
E assim o ano todo
Todo capitulo inédito
Nenhum tédio pairava
Nenhum dia imitava o outro
Mas hoje,
Hoje até parece cópia de ontem
Que é reprise da semana passada
Conversa fiada
Decorada
De tanto ser dita.
Não há mais mistérios nos dias que vivo
Pois são dias tão mortos
Que nem me surpreendo ao vivê-los de novo
Não há mais imprevistos
Muito menos, surpresas agradáveis,
Meus dias agora
São apenas seqüências
De manhãs tão idênticas
Tão sem graça
Que começam com traças
Roendo as portas
E terminam com as molas
De minha cama quebradas
Talvez agora e por isso
Eu desabafe um suspiro
E confesse aos livros...
Que tenho saudades da escola.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cumplicidade

"Cumplicidade é dividir sonhos,
quem sonha junto
Nunca ri sozinho"...


Um dia sonhei em conhecer um escritor, seu nome: Fabrício Carpinejar. Poeta, cronista, um artista das palavras, entre tantos tão queridos, ele é um dos meus preferidos, seus livros disputam minha estante, suas palavras habitam minha cabeceira. Um estranho conhecido, afinal, nunca o vi pessoalmente, "mas conheço seus escritos, e se conheço o que escreve, o conheço quase um pouco".
Numa dessas ocasiões, "apresentei" Carpinejar à um amigo (Marcelo Ferreira, de blusa preta na foto) e a partir daí passamos a dividir um gosto mútuo: o prazer de ler Carpinejar. Tempo depois Marcelo participou de uma das feiras do livro de Ribeirão Preto,  e justamente lá, teve a chance de conhecer Carpinejar, mesmo eu não tendo ido, tive uma boa surpresa, entre os vários materiais que Marcelo levou e mostrou a Carpinejar, havia um singelo poema meu (http://janaiafabri.blogspot.com/2011/08/o-caminho.html) e foi assim que eu e Carpinejar nos conhecemos.

 A foto ao lado registra o exato momento que um estranho conhecido conhece uma anônima poetisa. Meu agradecimento ao Marcelo, um amigo que partilha sonhos e contraria tudo, e claro, ao Dú da Matta, os olhos fotográficos que registraram o momento afinal, um fato não é nada sem uma boa imagem, obrigado meninos... Mesmo a distância foi um prazer conhecer Carpinejar.

"conheço seus escritos, e se conheço o que escreve, o conheço quase um pouco"



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Retrato Quadrilátero

Eu me sinto como a moldura de um quadro
Não sou o centro
Eu sou o lado
Meus sonhos ficam de canto
Meus sofrimentos são equiláteros
Não sou a obra
Sou um detalhe
Que tem valor
Mas pouco vale
Quantas vezes a minha dor
Se derramou sobre as pinturas
Fazendo delas traços borrados e cores turvas
Manchando as linhas e paisagens
Tornando as cores vagas miragens
Deformes e abstratas
Arte que eu mesma fiz
Mas que não passa de um retrato
Quadrilátero da minha alma
Magoada e infeliz.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Espera...

Ansiedade,
Aquela sensação que antecede o novo,
A ebulição que estimula o corpo.
Ela que me tira o sono à noite
E levanta meus ombros toda manhã
Mantém a mente pulsante e volátil,
O coração asfixiante e asmático,
Uma euforia estranha,
Que sai das entranhas
E aperta as palavras... sufoca as cordas vocais.
Ansiedade é o poder de fazer de um instante a eternidade
A espera...
A mistura do medo e expectativa

A esperança contida em um só pensamento...
Muitos chamam de pânico
Para mim é o ânimo
A ansiedade precede o novo
O conforto escraviza mentes
O mundo é pacato demais
Fechado demais, parado
Ansiosamente,
Continuarei a perder o sono com sonhos distantes e absurdos
Expectativas movimentam os olhos,
Mas a vontade modifica mundos
Bagunçarei as ideias exatas
As lógicas matemáticas
A pontualidade britânica
E não morrei de remorso
Porque é mais que espera...É libertação.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

pOesia em áudiO e víDeo nº 5

Marisa Monte Diariamente



Já que tiraram todos os clipes nacionais da música, tive que importar essa versão que tem legenda em alemão...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O primeiro...

Sempre gostei de ler, e com o tempo me tornei do tipo que lê de tudo e qualquer coisa: livro de auto-ajuda, jornalzinho de igreja, bula de remédio, rótulo de shampoo, mal me lembrava que tudo começou com um pequeno livro, o primeiro da minha coleção...


Esse livro foi um presente de um amigo (Chiquinho), ganhei no meu aniversário de 4 anos e o guardo até hoje, por carinho e importância é o meu preferido, afinal o primeiro agente nunca esquece...


"Leitura é uma paixão profunda
Que inunda os olhos e purifica a mente
Quem se apaixona não se arrepende
Quem lê aprende
A bela arte de decifrar palavras".

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dose poética nº 10



“A esperança é feito uma pequena chama que pode ascender grandes fogueiras, sem nunca deixar apagar a brasa de uma ardente paixão”.

O cárcere dos olhos

Os meus olhos que há tempos distraídos
Olhos perdidos na imensidão do seu olhar
Já não vêem os seus como antes
Na verdade não querem vê-los nunca mais
Pois os seus olhos me fizeram prisioneira
Me prenderam,
E renderam meus sentidos
É por isso que meu pedido
É não te ver novamente
Para não ver meu coração
Mais uma vez entristecido
A sua imagem me corrói e me machuca
E eu quero oculta sua face que castiga
Não me estenda as mesmas mãos que me afastaram
Pois minha angústia não precisa de ajuda
Deixe-me sozinha com meu sentimento
Pois se não viu o meu amor
Jamais verá o meu lamento
Não derreta-se agora em compaixão
Pois não preciso de piedade
E sim de um coração
Que me ame de verdade
E um olhar que logo à tarde
Não se feche como o meu
Nem me prenda como o seu.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Parafraseando René Descartes

"Penso, logo existo"  -  René Descartes
Janaia diria...

No vestibular:
"Erro, logo rabisco"

No jogo de cartas:
"Perco, logo insisto"

No shopping:
"Compro, logo existo"

Em casa:
"TV, logo assisto"

No banco:
"Dinheiro, logo invisto"

Na vida:
"Sonho, logo conquisto"

No amor:
"Sofro, logo persisto"

No trabalho:
Logo?
Existo?
Com certeza, imprevisto...
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