segunda-feira, 26 de março de 2012

O mistério por trás de uma face


O disfarce da alma doente
É a face fingida e contente
Que esconde a dor de um corpo
Insanidade de um louco
Por trás de um olhar invisível
E a tristeza profunda invencível
Que disfarço num sorriso amarelo
Não quero que a vejam e por isso
Faço oculta e jamais a revelo
Pois o mistério que envolve meu íntimo
Escondo dos olhos sinceros
Para que não descubram os segredos
Do meu pobre corpo singelo
E assim minha face tão falsa
Disfarça o maior dos pecados
A dor de um amor rejeitado
Dentro de um coração condenado
A morrer sem dizer a ninguém
O amor que tenho guardado.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Dose poética nº 18


Nosso maior patrimônio são as pessoas que amamos
Nosso maior território é o espaço entre os braços 
daqueles que desejamos...

domingo, 11 de março de 2012

Criatura


O sopro de Deus me trouxe a vida
A vida me fez humana
Não santa e nem divina
De corpo e de alma insana.

O barro me deu a forma
Estética forma imperfeita
Receita que o homem deforma
Recria reforma e rejeita.



O mundo me emprestou um caráter
Imprestável disfarce indigno
Por isso sou apenas a parte
De um traje de carne iníquo

Por isso sou só um pedaço
De barro de terra esculpida
Na argila que envolve a vida
Na pele que acolhe a alma, 
alma pobre e vazia.

Por fim, não por mim eu fui feita.
Na beira da boa vontade
Infelizmente não sou a imagem
Da obra de arte de meu escultor.

Infelizmente não sou o retrato
Abstrato do meu criador
Me tornei criatura imperfeita
Gravura eleita de amargo sabor.
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