domingo, 24 de março de 2019
Vaidade
Nunca fui vaidosa
Minha mãe orgulhosa, recrimina
Ela faz o tipo perua convicta
Elegante
Distinta
Bem vestida
Quando me vê
Descabida, descabelada, quase infarta
Mas eu sou dessas...
Um banho, Um jeans
Um batom? (às vezes)
Os cabelos? ( só penteio)
Às vezes só amasso
Maquiagem? Raramente
Salto alto? Quase nunca!
Prefiro o tempo durante um encontro
Não perco muito tempo antes dele
Eu não ligo para a estética
A beleza que encanta os olhos é perecível,
A beleza que encanta os poros é para sempre!
Sobre os Besouros
Hoje
perdi algum tempo contemplando a estética peculiar, para não dizer estranha de
um besouro...
É
engraçado, pois na minha região em determinada época do ano os besouros se
tornam visitas frequentes, e inconvenientes, diga-se de passagem, mas que enfim
aparecem, aos montes, de cores e tamanhos variados, invadem todos os cômodos da
casa, são atraídos e traídos pela luz caem no chão como helicópteros desgovernados.
Mas esse não é o fim, pois eles não morrem pela queda, possuem carapaças
resistentes, uma teimosia admirável e sempre voltam a voar novamente. Mas o que
realmente me instiga é:
Como é possível com uma aerodinâmica tão inadequada seres como esses poderem voar?
Voam mal, é verdade! São como jovens pilotos, inseguros, a inabilidade é notada em cada movimento.
Não há pouso suave ou voo leve como os pássaros, é sempre uma manobra perigosa e quando menos se espera o encontro com a parede.
O que mais odeio nessa história é que quando aparece um besouro, ele nunca vem sozinho, é praticamente uma confraternização “besourística” em minha varanda eles voam, se trombam, enroscam em nossos cabelos, grudam em nossas roupas e eu fico me perguntando, Porquê Deus decidiu dar asas justamente aos besouros?
Como é possível com uma aerodinâmica tão inadequada seres como esses poderem voar?
Voam mal, é verdade! São como jovens pilotos, inseguros, a inabilidade é notada em cada movimento.
Não há pouso suave ou voo leve como os pássaros, é sempre uma manobra perigosa e quando menos se espera o encontro com a parede.
O que mais odeio nessa história é que quando aparece um besouro, ele nunca vem sozinho, é praticamente uma confraternização “besourística” em minha varanda eles voam, se trombam, enroscam em nossos cabelos, grudam em nossas roupas e eu fico me perguntando, Porquê Deus decidiu dar asas justamente aos besouros?
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
Em defesa do Avental
EM DEFESA DO AVENTAL...
O Avental é um dos acessórios de cozinha que mais causam reações
de amor e ódio.
Enquanto algumas pessoas simplesmente o repudiam, outras adoram e não ficam sem
usá-lo.
Contudo a questão é que o avental é visto apenas como um símbolo de
"serviço" e “trabalho doméstico”, uma camisa de força, normalmente vinculada
à figura feminina, uma forma de escravidão em que as correntes feitas de tecido
prendem o corpo e nos forçam ao trabalho. Porém o que poucos percebem é que a
função primordial de um avental é a proteção! Ele é colocado à frente
justamente para que nos poupe de eventuais riscos e acidentes, e só depois de
muito tempo passou a ser utilizado como elemento estético ou como uniforme muitas
vezes relacionado à repressão culinária. Mas isso vai mudar! Pois nós afirmamos
em defesa dos aventais que eles não são vilões e que são mais democráticos do
que aparentam: estão no corpo de artesãs e churrasqueiros, jardineiros e grandes
Chefes e justamente por sua utilização relacionada
à cozinha remetem a um sentimento muito mais honroso do que julgamos.
Cozinhar para quem amamos já é em si a expressão máxima de amor, contudo se nossa
percepção é de que cozinhar é uma obrigação imposta pela rotina, família ou sociedade
então realmente não há salvação e a melhor opção é pendurar o avental e ir
comer em um restaurante.
Afinal lá provavelmente haverá alguém cozinhando com mais amor que você!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Dose Poética nº 22
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Ao meu pai
Nem todos os filhos tem o privilégio de comemorar o Dia dos
Pais, com seus pais...
Talvez o acaso do destino os
tenha separado, os afastado ou talvez nunca os tenha unido como a nós, mas eu
posso comemorar mais um Dia dos Pais com você, e isso é muito importante pra
mim.
Por isso não leve a mal meu
jeito implicante e exigente, talvez esses sejam efeitos colaterais da profissional que me
tornei e isso, é graças a você também!
Você me ensinou o valor das coisas, a determinação em relação aos
meus objetivos, a responsabilidade sobre minhas escolhas, por isso parte da
mulher que sou hoje devo a você pai!
Você me explicou desde cedo algumas lições da vida, e apesar de
adulta ainda aprendo com você todos os dias. Entendi com você que a paciência é
uma virtude inestimável e que nunca se é velho demais para ser criança de novo.
Aprendi com você que tem um pai, ganha uma dúzia de outras
pessoas: eu ganhei um amigo, um fã, um herói, uma platéia. E por mais que com o
tempo tenha perdido seu colo nunca fiquei órfã de seu afeto.
Ao certo que desde criança em seus braços ganhei a segurança de
uma rocha e a confiança de um pássaro.
Você me deu apoio e incentivo, foi o adubo necessário para que
muito dos meus sonhos florescessem.
Hoje posso dizer com orgulho que divido com meu pai algumas de
minhas paixões pessoais: música, moto, viagens, pizza pipoca, TV e avião.
Posso dizer que meu pai me deu as maiores recompensas depois de um
dia de trabalho: um sorvete no fim do dia ou uma blusinha depois de um sábado
de boas vendas.
Posso dizer que apesar de atrapalhado, meu pai é sempre pronto,
Pai "pra" toda obra!
Por isso só tenho a agradecer, Obrigada Pai!
Você me levou a escola, ao cinema e ao altar, pode faltar de tudo,
mas amor entre nós nunca vai faltar.
_________
Outro dia pensando sobre os pais, cheguei a seguinte conclusão: “Deve
ser muito difícil ser pai ( presente)... Ser pai, é como ser coadjuvante de um
grande espetáculo, é como ser dublê de uma grande personalidade: A mãe. Os pais
são muito criticados e nem sempre reconhecidos. Ao contrário, as mães sempre
ganham os créditos e os méritos de uma boa educação.
domingo, 20 de janeiro de 2019
A Face do Fracasso
Tanto espaço,
Mas não é fácil caber em mim
Se eu coubesse,
Guardaria-me para sempre
Esconderia-me no jardim.
Como não posso,
Escondi o meu rosto de todos
O desgosto guardei só para
mim
O fracasso que vi cara a cara
Tentei fingir que não vi.
De vergonha quebrei o espelho
Foi assim que feri minha
imagem
Sei que miragem é a verdade
que vejo
Mas também sei que ela é
mentira
Que não posso sentir.
Já o fracasso que estampa meu
rosto
Ao contrário é evidencia nos
olhos
É marca fincada no peito
Se negá-lo fizesse efeito
Talvez me sentisse melhor.
Como a derrota é maior que
meu leito
Me deito em meu próprio
fracasso
E me enterro sob os desabafos
Que guardei para me consolar.
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