segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Curte ou compartilha?

Não sei o que é pior...

1º Um provável estupro em rede nacional ;
2º Uma gravidez forjada;
3º Uma reprise do Titanic na Itália;
4º Uma anônima que está no Canadá e quando volta é mais famosa do que a Madonna;
5º A brincadeira de vivo-morto do Chavez nas redes sociais,
6º Ou um levante popular a favor da volta das sacolinhas plásticas...

 ***

É lamentável, mas temos um dom de multiplicar o lixo fútil da indústria cultural e das redes sociais.
Temos uma habilidade incrível de dar audiência à quem não merece, chorar por anônimos que falecem, revolucionar a favor de causas que nem ao menos acreditamos.
Já está na hora de rever nossos valores, estabelecer novos critérios, melhorar nosso filtros pessoais em relação as informações a qual somos expostos, afinal, se o que curtimos e compartilhamos for um reflexo do que somos , minha nossa, somos mais fúteis do que o último sucesso do Michel Teló...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dose poética nº 17

"A riqueza das pessoas não está nos bens que elas possuem,
mas no caráter que elas constroem ao longo da vida".

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Reflexo



Se você se reconhecer em minhas linhas
É porque em cada palavra que guardo
Tem uma parte de mim
Uma parte de ti, 
E de todos aqueles que me tornaram o que sou...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Murmúrios na sala


As fotos se olham
Com o mesmo olhar
Que sempre se olharam,
Mas as fotos não vêem
Apenas suporta o que viram
Os outros retratos.

Os quadros falantes
Falam dos jarros
E ouvem as paredes
Fofocas dos vasos
Lamentos da porta.

As flores ainda que mudas
Não mudam de canto
Mas encantam os lustres
Com doces perfumes
Aromas do campo.

Os móveis tão nobres
Andam de um lado para o outro,
Mas quando ouvem vozes
De estranhos por perto
Se tornam imóveis.

Calados e quietos os enfeites não reclamam
Não sussurram os estofados
Não retrucam,
Não imploram.

Na sala,
Agora calam as almofadas
Pois quem fala são as pessoas
Os adultos, os idosos.

Tediosos os objetos
Esperam ansiosos
Que as pessoas se retirem
Para que as poltronas
E as outras coisas continuem
Os assuntos, os murmúrios, as conversas.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Salve Ibitinga, Salve, Salve!

Ibitinga, Terra Branca, Capital Nacional do Bordado, Estância Turística... Tantos adjetivos para uma cidade que tem deixado tanto a desejar. Você já parou para pensar que nossos maiores adjetivos são terríveis farsas?





1-     O tradicional bordado que nos tornou famosos nacionalmente, na verdade não existe mais, algumas das peças ainda bordadas são feitas por máquinas computadorizadas, e as raras feitas artesanalmente são vendidas por ambulantes e pequenos fabricantes informais. Definitivamente, podemos ser a capital nacional de muitas coisas: da estampa... Da malha, do enxoval, mas me desculpem do bordado não... Contudo ainda ostentamos o nome, e o pior, a feira que leva o mesmo nome é mais vexatória ainda, afinal a Feira dos Bordados de Ibitinga é na verdade uma liquidação de peças de estoque, um saldão de produtos fora de linha, a preços bem salgados, ou seja, ao contrário de outras feiras em que são apresentadas NOVAS COLEÇÕES, LINHAS E TENDÊNCIAS DA ESTAÇÃO, a nossa é apenas uma vitrine de produtos ultrapassados. (deixo bem claro, não estou questionando qualidade e beleza, normalmente Ibitinga produz belos artigos)

2-     Ibitinga peca, e peca em coisas simples... Denominamos-nos Estância Turística e focamos nossos esforços no comércio, mas além de termos um dos piores atendimentos que conheço, nossa infra-estrutura é falha, falhamos pelos restaurantes, pelos hotéis, pelos banheiros públicos, pelos postos de dúvidas inexistentes, pelas atrações culturais que não temos, e quando as temos não às prestigiamos, somos mal educados com os turistas, tratamos com descaso nossos próprios conterrâneos.

3-     Sofremos de uma patologia que um amigo meu chama de "ibitinguisses" veja o pq... Somos preguiçosos demais para criar, mas espertos o suficiente para roubar boas ideias, talvez por isso nossa cidade esteja repleta de lojas e produtos tão idênticos... Fazemos tudo igual e esperamos resultados diferentes, não revolucionamos nosso negócio e depois reclamamos da crise... E como gostamos de reclamar... Montamos um boteco e já nos consideramos empresários, mas não investimos em capacitação, publicidade ou em novas tecnologias.Ao contrário, adoramos ostentar carros, casas e ir à Ribeirão só pra tomar uma cerveja...aff, como vivemos de aparências em Ibitinga.






terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Anjo Perverso

Minhas asas são vermelhas
E uma delas está quebrada
Minha aureola é só de enfeite
E de inocente eu não tenho nada.

O meu nome é macabro
E meu cabelo cacheado não esconde minha intenção
Sou amigo do diabo
E do demônio sou irmão.

Sou ovelha negra do meu pasto
Meu coração é tão devasto
Minha alma é impura
É de "paura" eu vou morrer.

Sou maldito na minha tribo
E sei que índio eu não sou
Apenas fujo do destino
E não sou bem vindo aonde vou.
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