segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A despedida

 Despedida,
A dor desmedida de quem vai
Tristeza maior de quem fica
Quando você partir de malas, mochilas
De corpo e alma
Leve em sacolas
Seus pertences embora
Mas deixe comigo,
Alguns poucos vestígios
Um rastro de ti
Que guardarei sem razão.

Eu sei,
E o céu admite que vá
A terra permite contrariada que siga
Afinal, quem sou eu para evitar sua partida?
Não tenho valor
E nem o pudor de esperar caridade.
Espero somente a saudade
A única bagagem que você deixará.

A distância separa
Mas a lonjura que cala
Não emudece o passado
Por isso eu peço...
Permita que eu chore,
Que eu implore um último abraço
Me permita a tristeza...
Mas não a certeza de um último adeus.

O adeus é aborto
Deixe apenas o aceno
Para que eu tenha conforto
Não leve as lembranças
Para que eu mantenha esperança
De que um dia você volte
E as venha buscar.

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