Todo poeta que escreve sobre o amor
Perde o próprio peito
No leito de um poema
Perde a si mesmo
Perde a própria essência
Todo poeta que escreve sobre a dor
Sob ela se enterra
Com ela se envenena, pois escrever é morrer,
E amar várias vezes
É sofrer ao quadrado
Quando resta guardado um verso de dor.
Mas ao dissabor de uma lamento
Compensa a palavra
Vaga ou profunda
Que alimenta a alma
E embriaga a lua
Infelizmente ao poeta triste e sonhador
Resta só a solidão
O silêncio da ausência
E o vazio do coração
Que condena todo aquele
Que se entrega a um poema
Que se rende á paixão de escrever mesmo em vão.
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