segunda-feira, 4 de julho de 2011

Muitos dentes e pouco juizo



Sempre fui ao dentista, e desde criança nunca tive medo ou receio.
Foram obturações... extrações... e na escola muito fluor. Mas ao contrário da maioria das pessoas, as questões odontológicas nunca me incomodaram.
Confesso que eu tinha muitos motivos para fugir do dentista, meus dentes eram bem tortinhos, minha boca era uma "mina" de caries até os 10 anos e as técnicas para tirar meus dentes de leite em casa, era de deixar qualquer criança tramatizada!




Ainda assim, cheguei aos 14 anos com a ansiosa esperança de que o "Redentor Aparelho" me garantiria o sonhado sorriso perfeito...
E assim, passei 7 anos com uma série de paramentos metálicos: durante dois anos usei um "freio", como costumam chamar, que vinha da cabeça até a minha boca, era tão estranho e aterrorizante que as pessoas me olhavam na rua e falavam:
_ Esse negócio tá parafusado na sua cabeça?
_ Olha filhinha, se você não parar de chupar chupeta vai ficar como aquela moça ali...

Depois disso, usei o fixo, o móvel e um ferro,que nem sei como chamar, mas que ficava no céu da boca...
Durante esse período, minha dicção foi pro ralo e passei a falar como o Frajola:
_ "Axo que vou comer um paxalinho".

Foram 7 anos entre borrachinhas coloridas, braquetes, visitas periódicas ao dentista e miojo, muito miojo, afinal era uma das únicas coisas "comíveis" depois de apertar o aparelho.
Mas eu pensava como Gloria Gaynor, e dizia para mim mesma: "I will survive".
E sim, eu sobrevivi!
Mas hoje aos 24 anos, passo por mais um de meus "calvários" dentários: a extração dos dentes do Ciso
Na cadeira do dentista, passo a suar incessantemente, a agulha da anestesia, que na verdade deve me tranquilizar pois evitará a dor da extração, me apavora ainda mais.
Nunca tive medo de dentista, e o meu, diga-se de passagem é o mestre da extração.
Ainda assim, estou tensa.
Olho as dezenas de ferramentas de tortura ao meu lado, algumas variações de chave de fenda e pé-de-cabra, que "EXAGERO"... mas é o que parecem.
O processo começa com um "empurra e puxa", "aperta e solta" e aquele sulgadorzinho...
Aff, prefiro não olhar, como se adiantasse.
Minutos depois... eu me liberto dos Cisos, um deles aos pedaços, o outro intácto.
Não importa, a única coisa que penso em dizer é:
_ Hasta la vista baby!
_ Ufa! Acabou, menos dois...


Diário de Bordo

1° Dia:
Estou parecendo o Hurley do Seriado Lost
Inchaço imenso, um pouco de dor... e muita fome!










2° Dia:
Estou  me sentindo igual ao Fofão
Inchaço um pouco menor, dor suportável, e fome de coisas duras  e "calientes".
 

3° Dia:
Versão feminina do Kiko: "Você não vai com a minha cara não?"
Leve saliência buchechal, nada de dor.







3 comentários:

  1. Janaia
    ... achei a matéria ótima. Realmente dentista é tudo de horrível. Sem falar do barulho do motor e a gente com a boca aberta , sem poder falar nada, nem xingar.
    Bjs, Suely

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  2. Jéssica Fabri07 julho, 2011

    Não tem como não rir... mais fique tranquila cara irmã já está melhorando a sua aparência :)
    BJÃO

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  3. Janaia... Vc passou pelo calvario dos aparelhos e em cheguei a passar perto, mas ajudei a tirar muito molde de paciente qdo trabalhava com um dos melhores dentista que Ibitinga teve Dr. Carlos Eduardo Pinheiro Negrão... E acredite enquanto estava lá tinha problema. Putz, podia ter dado todos enquanto eu estava lá, não ia ter que gastar... kkkk... Agora estou fugindo do meu atual dentista, ele quer me separar dos meu 4 de juízo. Vamos ver até qdo eu fujo dele... Parabéns pelo blog... Estou me divertindo com os textos... bjs

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