quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Teoria dos desencontros


Quem eu amo não me ama
Quem me ama eu não quero
Eu espero quem não vem
E encontro por acaso
Que vem sempre me esperar
Os meus passos cegos ceguem os seus
Mas os seus correm aflitos
E fogem dos meus
Tropeço em pés que evito
Penso em calos sofridos
Que choram por causa de mim
E ainda não vejo o rosto
De alguém que espera meu abraço
Que por acaso te entrego de novo
Sem qualquer esperança de um sim.

Eu amo um amor sem resposta
Que gosta de me fazer duvidar
A resposta vem de quem não importa
De quem sempre que bate a porta
Não deixo nunca entrar.
Esqueço que um dia eu também
Bati em sua porta insistente
Implorei um abraço de pena
Esperei por um beijo de amor
Morri por você muitas vezes
Renasci sem qualquer ilusão
Pois quem eu amo não me ama e é certo
Quem me ama perto
Sofre longe do meu coração
Afinal o amor é juiz
Filosofo da condenação
A sentença são os desencontros
De corpos agora sem donos
De almas que amam em vão.

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