quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Medidas Extremas

O seu peito é uma prisão
Cujas portas não há quem abra
Eu vou usar um pé-de-cabra
E arrombar seu coração.

Se você me expulsar
Farei revolta na sua horta
Farei protesto no congresso
Pois de você não abro mão.

Viro sem-terra para invadir
Seu coração improdutivo
Planto nele o amor que sinto
Para você também sentir.

Faço carinha de cachorro
Sem dono e sem teto
Para você me dar afeto
E uma tigela de ração.

E se você continuar
Ainda assim a me negar
Nasço de novo
Me torno ovo para ser seu par.

Me faço clara,
E você gema
Será então minha alma gêmea
Desde o almoço até o jantar
Seja no frigir de uma omelete
Seja nas núpcias de um manjar.


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