Cujas portas não há quem abra
Eu vou usar um pé-de-cabra
E arrombar seu coração.
Se você me expulsar
Farei revolta na sua horta
Farei protesto no congresso
Pois de você não abro mão.
Viro sem-terra para invadir
Seu coração improdutivo
Planto nele o amor que sinto
Para você também sentir.
Faço carinha de cachorro
Sem dono e sem teto
Para você me dar afeto
E uma tigela de ração.
E se você continuar
Ainda assim a me negar
Nasço de novo
Me torno ovo para ser seu par.
Me faço clara,
E você gema
Será então minha alma gêmea
Desde o almoço até o jantar
Seja no frigir de uma omelete
Seja nas núpcias de um manjar.
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