Tanto espaço,
Mas não é fácil caber em mim
Se eu coubesse,
Guardaria-me para sempre
Esconderia-me no jardim.
Como não posso,
Escondi o meu rosto de todos
O desgosto guardei só para
mim
O fracasso que vi cara a cara
Tentei fingir que não vi.
De vergonha quebrei o espelho
Foi assim que feri minha
imagem
Sei que miragem é a verdade
que vejo
Mas também sei que ela é
mentira
Que não posso sentir.
Já o fracasso que estampa meu
rosto
Ao contrário é evidencia nos
olhos
É marca fincada no peito
Se negá-lo fizesse efeito
Talvez me sentisse melhor.
Como a derrota é maior que
meu leito
Me deito em meu próprio
fracasso
E me enterro sob os desabafos
Que guardei para me consolar.
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