
Mas que ano não é?
Na verdade o que realmente pesa, não é o ano em si, mas as lembranças que a gente leva pro ano seguinte... E nesse ano quantas lembranças ruins: Decepções financeiras, incertezas econômicas, incoerências políticas, falências morais, pessoais e intelectuais.
Um ano em que fomos desafiados à ser mais fortes, mais justos e ao mesmo tempo menos conformistas.
Ainda assim não posso me queixar, afinal um ano difícil nos obriga a ver beleza nas coisas simples e esperança em meio ao caos, nossa fé é colocada a prova e nossa paciência também. Por isso garanto, nunca aprendemos e crescemos tanto quanto em 2015, um amadurecimento emocional e psicológico inigualável.
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Eu particularmente, descobri em 2015 que a essência de mim mesma não precisa de nada mais do que um "All Star" no pé, um prato de fé e um cafuné de alguém. E como tudo subiu espantosamente menos meu salário o jeito foi se divertir de graça, passear na praça e tomar banho de borracha no quintal. Fazer jantar à luz de velas em casa, não apenas pra ser romântica mas pra ser econômica.
Aprendi a "a arte do descanso", pois ficar em casa, sem fazer nada também é bom!
Aprendi a "arte do presente" pois é difícil estar no lugar em que se está, e fazer uma coisa de cada vez.
Quantas coisas fáceis aprendi em um ano difícil... A alegria esquecida de ser criança e voltar a soltar pipa, a sutileza implícita de uma tarde de pesca, a nostalgia de escrever um poema em uma máquina antiga, escrever um livro de receitas sem saber cozinhar, e depois de tantos anos, tomar coragem e aprender nadar... O desapego aos cabelos, deixou meus cachos mais curtos e minha alma mais jovem, o desapego as coisas deixou meu cartão mais livre e meu guarda-roupa mais leve. Só não consegui abrir mão de uma boa refeição e desapegar dos quilos que adquiri em 2015.
Então... que venha 2016!
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